segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Poema do retorno


De volta.
Tentando não enlouquecer.
Tentando esquecer.

Derretendo por dentro.
Derretendo.
Três da manhã de um dia sem significado.

De volta.
Morri e retornei.
Desejo morrer novamente.

Quero ver o céu dos anjos.
Quero sentir o calor do inferno.
Não quero rimar, não sei o que quero.

Desejo.
Tolice, as águas ainda irão cair.
O sono das tempestades noturnas.

Deus está sorrindo, queima seus seguidores.
Não haverá nada quando o eterno retorno começar.
Não haverá nada, nem temperos, nem sobras.

Não haverá sorrisos nas madrugadas.
Não haverá amor.
Não haverá...

Ainda sobrará um desejo, opaco, branquelo.
Afoga-se e desaparece no inconstante.
Perde-se...

Agora, de volta.
Agora de novo.
Nunca ou jamais.

Em breve...

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